Conforme Nota Técnica n º 11 /2023 (DAS/DAS/MAPA), o Departamento de Saúde Animal da Secretaria da Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura notificou à Organização Mundial da Saúde, em 15 de maio de 2023, a primeira detecção do vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) no Brasil, em três aves migratória costeiras.
Conforme Nota, referenciando o Código Sanitário Animal Terrestre da OMSA (Organização Mundial da Saúde) a detecção pelo vírus da IAAP em aves silvestres não compromete a condição do Brasil como país livre de IAAP e os demais países não devem impor restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros como consequência da notificação.
A Influenza Aviária é causada por vírus que apresentam diferentes subtipos (H5N1, H5N2, H5N3, H5N6, H5N8, etc) e têm a capacidade genética de se modificar com grande rapidez. Nas aves, essa doença afeta grande quantidade de animais e provoca mortalidade elevada. Os principais sinais clínicos observados são: falta de coordenação motora; torcicolo; dificuldade em respirar; intensa diarreia. Além da perda.
No final do ano de 2022 o vírus se espalhou rapidamente por países da América do Sul, deixando o Brasil em alerta, frente aos casos de IAAP, determinado com isso, vária medidas de contingência em todos os estados além do controle já realizado pelo Programa Nacional de Sanidade avícola (PNSA).
O estado do RS, através da Divisão de Defesa Sanitária Animal (DDSA), da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), está monitorando de forma permanente a evolução dos focos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) a partir do registro de casos no Uruguai e na Argentina. Além disso, outras ações estão sendo realizadas como fiscalização em estabelecimentos de venda de aves vivas, comunicação de risco e educação sanitária nos municípios.
Desde março de 2023, conforme a Portaria 572 MAPA de 29 de março de 2023, estão suspensas, em todo território nacional, a realização de exposições, torneios, feiras e demais eventos com aglomeração de aves e a criação de aves ao ar livre, com acesso a piquetes sem telas na parte superior, em estabelecimentos registrados.
O município de Vila Maria possui hoje registrado cerca de 145 estabelecimentos que criam galinhas de subsistências, 45 estabelecimentos registrados de aves de corte, 1 estabelecimento de postura comercial e 2 estabecliemtnos registrados para postura de cortes. Com esses dados observa-se que a avicultura representa grande atividade econômica e de subsistência do município por tanto a prevenção da doença se faz necessário e para tanto toda a população deve estar em alerta a fim de preservar uma das atividades econômicas mais importante do município, da região e do Brasil.
Recomendações aos produtores e criadores de aves de subsistência
Reforçar medidas preventivas nos estabelecimentos avícolas;
Revisar telas, passarinheiras, portões e cumeeiras dos galpões;
Proteger fontes, caixas d’água e silos de ração do contato com aves de vida livre;
Desinfetar veículos na entrada e na saída (atenção para a correta diluição conforme recomendação na bula);
Realizar a troca de roupas e calçados para ingressar na unidade produtiva;
Não permitir a entrada de pessoas alheias ao processo produtivo nas granjas;
Atentar-se para criações de aves com acesso a piquetes ou pátios: recomenda-se o fechamento das aves em galpões ou galinheiros e a proteção de bebedouros e comedouros para que seja evitado o contato com aves de vida livre;
Comunicar imediatamente a Inspetoria de Defesa Agropecuária em caso de ocorrência de alta mortalidade (maior ou igual a 10% em 72 horas) ou da identificação de aves com sinais respiratórios, neurológicos ou digestivos.
Orientações à população
Não manipular e nem recolher aves mortas ou moribundas;
Adquirir aves somente em casas agropecuárias devidamente autorizadas;
Comunicar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial o aparecimento de sinais respiratórios, neurológicos ou digestivos em aves (inclusive silvestres), ou a alta mortalidade entre elas.
Para maiores informações consultar https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/defesa-agropecuaria/proesa/publicacoes/livros/serie-dialogos-para-a-saude-unica-no-campo/dialogos-influenza-aviaria