Na manhã de terça-feira (20) em frente ao Calcário Francenchi na ERS 324, o prefeito municipal Adroaldo Seben, o secretário de Agricultura e Meio Ambiente Edson Dalmoro e o coordenador de Agricultura Fábio Pagnussat, participaram de uma importante mobilização regional em favor da securitização das dívidas dos agricultores.
O encontro reuniu lideranças e representantes dos municípios de Vila Maria, Camargo, Nova Alvorada, Montauri e Marau, além da presença da prefeita Jeanice, presidente da AMPLA (Associação dos Municípios do Planalto), e do prefeito de Montauri Nelcir Stefenon, ambos manifestando apoio à causa. Agricultores, pecuaristas, empresas locais e regionais também estiveram presentes, reforçando a urgência dessa mobilização.
O objetivo é claro: assegurar condições dignas para que os produtores rurais possam continuar suas atividades frente aos prejuízos enfrentados nos últimos seis ciclos produtivos — marcados por quatro estiagens severas e uma enchente devastadora.
Apesar das inúmeras reuniões com o poder público estadual e federal, não houve medidas efetivas para garantir o amparo necessário aos agricultores. O endividamento, somado à pressão imposta por instituições financeiras e empresas privadas, tem comprometido não só a produção, mas também a saúde mental dos produtores, refletida no preocupante aumento dos índices de suicídio no meio rural.
O que os agricultores reivindicam:
• Suspensão dos vencimentos de curto prazo junto a instituições financeiras, cerealistas, cooperativas e empresas privadas;
• Fiscalização da aplicação correta da legislação do crédito rural;
• Redefinição dos prazos e condições de pagamento das dívidas por meio da securitização;
• Apoio irrestrito ao PL 320/2025, que busca viabilizar essas medidas.
Como destacaram o prefeito Adroaldo e a prefeita Jeanice, não se trata de anistia, mas da possibilidade de os produtores pagarem suas dívidas com juros mais baixos e prazos mais longos, garantindo a continuidade da produção e o equilíbrio do meio rural.
A defesa do campo é a defesa de toda a sociedade. Quando o campo para, todos sentem: no emprego, nos preços e na paz social.